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sábado, 27 de novembro de 2010

Viktor - III

ATENÇÃO

ESTE POST CONTÉM MUITO SEXO E VIADAGEM, MAS NEM UM POUCO DE AMOR.

Eu sempre fui machista ao extremo, sabe. Nos meus 12/13 anos eu era um ultra romancista e só me fodi com isso. A partir dos 15 eu comia o que vinha pela frente. Numa semana memorável, arrastei 6 meninas diferentes pro meu quarto. Mulher era um lixo pra mim. Por tudo o que me fizeram passar e por todo o sangue que jorrou literalmente de mim. Naquela época eu era extremamente machista, meio que por vingança. E se esse meu eu machista, perdido nas areias d’um tempo longínquo tivesse uma imagem do mesmo eu de alguns anos pra frente:

Completamente bêbado, chupando o pau de um estranho dentro do carro dele em movimento.

O carro se embrenhava cada vez mais pela madrugada por becos e vielas das quais eu nunca havia visto. Mas eu não parava. Tontamente concentrado eu fazia o serviço que nunca havia feito antes. Meio que não achei nem bom nem ruim. Normal. É só um pau. De tempos em tempos ele pedia pr’eu chupar sua língua e minha pele entrava em contato com sua barba grisalha por fazer. E isso sim foi muito estranho. Nunca havia beijado algo tão rude, másculo e grosseiro quanto eu. Como se eu tivesse me beijando. E eu seria a última pessoa que beijaria na vida. Dou muito valor ao beijo. Acho-o muito mais significativo do que o próprio sexo. Muito mais invasivo também.

Chegamos ao seu prédio. Ele fechou o zíper e mandou-me abaixar a aba do boné pra esconder a cara. Andávamos por um vasto e bem iluminado estacionamento.

- Não olha pra cima. Isso. Fica assim pras câmeras não verem teu rosto.

Com a aba abaixada eu entrei no elevador. Silêncio. Tava tudo girando. Eu nunca havia feito nada como aquilo. “THIS IS MADNESS!” disse uma parte do meu cérebro “MADNESS? THIS IS VIDAAAA!” retrucou a outra parte, chutando a parte de segurança do meu cérebro para o buraco do subconsciente.

As portas se abriram e ele girou a chave de seu apartamento. Entrei. Uma espetacular vista para o mar me engolfava. Inda que fosse de noite o tom sépia da orla parecia ter sido pintado pela mão de um artista enviado por Deus. Em... Viado. SACOU? HAHAHAHA... HAHAH... HAHAhaha... Hah... H... É, sempre fui péssimo como piadista.

Absurdamente bêbado e tonto sinto uma vontade sobrenatural de vomitar. Ele tira minha roupa e me joga no chuveiro. A água fria parece massagear minha carne à cada pingo.

- Eu não lembro o que aconteceu nesse momento –

Uma mancha negra enorme invadiu a cortina translúcida do Box. Uma mão deslizou por ela e a deslocou pro lado. Ele estava nu e veio pra cima de mim. Colocou meu membro em suas mãos e apertou minha bunda enquanto beijava alucinadamente meu pescoço. Nunca gostei de pelos no peitoral, mas os dele ao roçar na minha pele criava uma espécie de energia estática que só deixava tudo mais surreal. Ao beijá-lo minhas mãos acariciavam seu rosto e eram furadas por sua barba grisalha mal feita.

Grosseiro e dominador como mostrou ser desde o começo, num solavanco me virou de costas e colocou seus dedos em mim. A água batia em minha nuca e no momento eu sentia um turbilhão de sensações oscilantes. Sentia medo, alegria, frio, tesão, indiferença, náuseas, dor, insegurança, ódio e principal de todas... Cócegas.

Ele brincava comigo. Me tinha em suas mãos. Literalmente.

Até que se cansou e sumiu por alguns segundos. Então eu senti algo maior que dedos dentro de mim.

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Olhávamos para a varanda iluminada pelo sol matinal. As ondas quebravam numa dança infinita. Eu ainda estava completamente bêbado. Tudo tinha uma aura embaçada como se fosse um sonho. Ele estava comigo deitado no sofá. Seus olhos experientes fitavam o horizonte. Minha cabeça estourava. Eu teria de trabalhar dentro de três horas, mas estava ali, com um estranho nu, em sua casa, do outro lado da cidade. Disse que tinha de ir. Iria trabalhar em pouco tempo. Ele fez um café rápido, filhodaputamente forte, colocou num copo descartável e me entregou. Me vesti e fiz menção de sair. Ele me impediu. Correu no quarto, pegou uma folha de papel A4, sacou um lápis e escreveu qualquer coisa. Sem ler, enfiei o papel no bolso enquanto tomava longos goles de café. Nos despedimos e eu me joguei no sol. Como eu tinha saído de noite não tinha pegado meus óculos escuros e meus olhos se queimaram na manhã (tenho problema de hiper sensibilidade). Como deixei claro que ia só, ele não me deu carona. Em minutos eu estava dentro do ônibus, bebericando as últimas gotas de café ultra mega blaster monster forte. O ônibus demorou mais do que eu esperava e eu me aproximava cada vez mais do meu horário. Piso no asfalto e atravesso a rua. Só faltam trinta minutos. Eu chego com duas bolas de fogo na cara, que alguns chamam de olhos. Mesma roupa da noite. Ressaca de vinho. Corpo mole.

A loja se abre.

- Bom dia senhor! Posso ajudar?

Se vocês que disseram estar ansiosos para ver o fim da minha primeira odisséia acharam que ela teria final feliz, perdão.

Essa é minha vida.

No fim do dia, entre olhares furtivos e comentários maldosos, eu ainda via tudo com uma névoa fantasiosa. Enfiei a mão no bolso. Li o papel. E vi aquilo que era muito mais surreal que a fantasia. Aquilo era a realidade.

E eu sabia que não era o fim.

Lucas Greenfer

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10 comentários:

Afrodite disse...

O que estava escrito!!!
O que estava escrito!!!
P...rra!
Sacanagem!
Fiquei ainda mais curiosa do que sou!!!!
Qd vem o próximo,quando?
Beijo!

Afrodite disse...

hahahahahahaha
P#rra!
nem lembrei disso!
É verdade!
Mas me amarrei mesmo na história!
Conte outras,você tem jeito pra elas!
Beijo
Afrodite

Akira disse...

Garoto (não sei se a história é real ou não), mas vc escreve muito bem! Tem o Dom!
Juro, que visualizei metade das coisa. (a parte da varanda pro mar, foi incrivel!)
Quanto a história? AMEI!
Por favor, continue contando!
Um beijo grande...
Akii

Lucas Greenfer disse...

Sim, a história é real. Real até de mais pro meu gosto e desgraça.

Junior Healy disse...

A historia foi realmente muito, muito boa!
E o melhor de tudo é que ela é real, como a Akira disse, vc tem o dom!

Gente ele não contou nem pra mim o que aconteceu ddepois do Viktor, mas até onde eu sei tem mais historias por ai.

Frederico disse...

heheheh
adorei a história
também gostaria d contar uma minha algum dia
??? posso no seu blog??
abraços

Meninas com meninas disse...

1) bem feito,foi castigo
2) fiquei com um "quero mais" historia bem curtinha,vc me mata de curiosidade
3) volte a ser comoe ra nos seus 12/13 anos

Lucas Greenfer disse...

Pr'eu ter meu sangue derramado de novo?

Acho que não...

;)

Meninas com meninas disse...

Meu pênis Lucas

Lucas Greenfer disse...

Olha como ela é máscula. Como o último post dela hahahahaha :P

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