Eu já o tinha visto algumas vezes, na verdade sim eu o paquerava desde.. sei lá.. desde a primeira vez que o vi, mas não era flerte aberto eram apenas olhares, olhares para alguem tão distante, obvio que ele nunca havia percebido a minha existência, e eu tinha consciência disso, jamais imaginei nenhum envolvimento com ele, era apenas uma coisa platônica.
Basicamente ha uma semana fazia um sol e um calor insortavéis, não sei se estava fazendo 40º, mas a sensação termica me fazia crer que sim.
Era sexta-feira eu ja estava exausto e louco para ir pra casa tomar um banho e ficar só de cueca e camiseta no meu quarto com o ventilador ligado jogando X-Box.
Finalmente havia chegado as seis da tarde, peguei minhas coisas e fui correndo para o elevador:
- Droga! esse elevador de merda passou direto novamente!
Fui correndo para o elevador de serviço, não queria perder tempo não via a hora de estar em casa, quando estava passando pela portaria ouço uma trovoada.
Como assim?
Pois é, o mundo desabando em aguas, caia uma chuva daquelas que ha muito tempo não via.
Inacreditavel!
Estava decidido a ir embora, não ia esperar a chuva passar, abri minha mochila e tirei meu guarda-chuva lá de dentro, resolvi encarar o diluvio até o meu ponto de ônibus e segui em frente.
Quando de repente em meio a todo aquele barulho de chuva e pessoas correndo feito loucas para não se molhar eu ouço uma voz atras de mim.
- Ei garotinho! Vc esta indo pra onde?
Olhei para trás e vi que era ele, olhei para frente denovo e pensei:
- Não pode ser, não é comigo. Então olhei rapidamente em volta e não havia nenhuma outra pessoa.
Quando mais uma vez a voz interrompe meus pensamentos e inxiste:
- Vai pra onde?
Ainda estava meio atônito, tentei lhes dizer pra onde ia, mas quando abri a boca só saia a palavra:
é...é....é.... e apontava para frente.
Droga!, pra variar eu estava parecendo um idiota!
Quando ele me interrompe falando:
Vai para Rio Branco né? eu tambem estou indo pra lá. Me da uma carona no seu guarda-chuva?
(Na verdade eu não estava indo pra lá, mas como idiotisse tem limites eu não iria dizer isso a ele)
Eu disse vamos! (finalmente havia conseguido concluir uma frase)
Enquanto driblavamos de uma poça e outra ele me dizia que tinha que estar no aeroporto e estava atrasado para pegar o vôo para São Paulo, se bem que com aquela chuva o vôo nprovavelmente iria se atrasar, mas ele precisava chegar até a Rio Branco para pegar um taxi.
logo chegamos na tal avenida, ele me agradeceu e se despediu. Tudo bem, não foi nenhum conto de fadas, ou historia romântica, na verdade continuo nem fantasiando em ter algo com ele, talvez eu continue sendo invisivel para ele, mas resolvi escrever pq achei irônico que o destino crie situações inusitadas para nos surpreender.
Então olhei para o alto e vi os pingos de chuva caindo dos arranha-céus, dei um sorriso e segui em frente, afinal eu tinha logo que chegar em casa. O mais louco de tudo isso é que toda a tempestade só havia acontecido no centro da cidade, no percurso de volta para casa percebi que o clima continuava quente e sem um pingo de chuva.
O Tempo passa rápido e vamos que vamos!
Há um ano
2 comentários:
Achei bacana a história, até imagino a sua reação diante disso... Isso é tão gostoso...
O importante é que ele sempre soube de sua existência e tu nunca percebeu, agora é só levar a amizade adiante, quem sabe algo mais intimo ocorra...
Abraços
Amor de primavera em chuva de verão?
Curti o texto.
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