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terça-feira, 29 de março de 2011

Igreja trata homossexualidade como "vício"


PONTO G ATRAVESSA O ATLÂNTICO !!


Uma proposta da Igreja Católica de ensinar moral sexual a crianças tratando a homossexualidade como "vício" está causando polêmica na Espanha.



O arcebispado de Valência elaborou um curso extracurricular - como opção aos cursos oficiais de educação sexual aprovados pelo governo - que será disponibilizado a todas as escolas interessadas. Esse curso, dirigido a crianças de 5 a 14 anos, apresenta como "vícios" temas como erotismo, pornografia, homossexualidade, masturbação, voyeurismo e obsessão por sexo.




O programa aborda a sexualidade "a partir de uma visão integradora com aspectos biológicos, fisiológicos, psicológicos, sanitários, antropológicos, morais e sociais", disse o porta-voz do arcebispado valenciano. O chamado Programa de Educação Afetivo-Sexual será dividido em três módulos, de acordo com a faixa etária.

As crianças menores de cinco a sete anos de idade terão aulas sobre precaução contra abusos, heterossexualidade e pudor.

Crianças de oito a 11 anos aprenderão sobre vícios, erotismo e pornografia.

Os maiores, de 12 a 14 anos, vão ter lições sobre a homossexualidade, as famílias convencionais e a castidade até o casamento. Programa será tratado como "material de referência".

O programa foi apresentado aos colégios diocesanos, dependentes do arcebispado, e instituições religiosas de ensino. Para todos os centros escolares, o programa será oferecido como uma "proposta educativa": não obrigatória, porém, como "material de referência".

O presidente da Comissão Diocesana de Ensino, Rafael Cerda, disse que muitos centros católicos expressaram interesse em implantar o programa. O programa também foi oferecido a 300 mil alunos aos bispados das províncias de Valência, Alicante, Mallorca, Menorca e Ibiza. Organizações de gays criticaram a proposta, acusaram a Igreja de retrógrada e discriminatória e prometeram contestar o plano na Justiça.

José de Lamo, coordenador-geral da associação Labmda, que representa gays, lésbicas, transexuais e bissexuais espanhóis, foi um dos que criticou a proposta. - São Lições absolutamente fora da realidade que, além do mais, violam a Constituição, pois nos consideram pessoas disfuncionais, portanto serão levadas aos tribunais.


Não permitiremos que as crenças religiosas discriminatórias sejam colocadas acima dos direitos fundamentais e do respeito. Imagine que há muitas crianças que têm pais homossexuais e querem ensinar nas escolas que essas famílias são patológicas.


Pais também criticam a iniciativa A queixa da associação Lambda se baseia principalmente no módulo dois do programa católico, que afirma que "a relação entre homossexuais é errônea e estes não devem ser considerados esposos, nem pais".


A Constituição espanhola permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a adoção de crianças por casais gays. Um dos criadores do método, no entanto, acha que a Igreja apenas defende sua doutrina e tem o direito de atender às demandas dos fiéis por uma linha de educação para seus filhos coerente com sua crença. Juan Andrés Taléns, diretor da cátedra de Ciências do Matrimônio e Família do Pontifício Instituto João Paulo 2º, um dos 20 especialistas convocados pelo arcebispado para elaborar o programa, defende a iniciativa.


- Tratamos a educação sexual de acordo com nossas convicções, isso é também um direito reconhecido pela Constituição espanhola. Está claro que a política educativa nacional está fracassada. O grande número de abortos, gestações indesejadas e doenças de transmissão sexual são derivados de uma sexualidade inadequada. Nos próximos meses, o programa será estendido a todas as escolas católicas do país como matéria facultativa.


A presidente da Fapa (Federação de Associações de Pais e Mães de Alunos), Maria José Navarro, disse que para elaborar "os conteúdos retrógrados desse programa chamado educativo ninguém contou com a opinião dos pais".


- O problema é que mesmo em colégios católicos, estamos em um país laico, onde a igreja não é a encarregada de formar sexualmente os alunos. Essa forma de impor critérios é própria de uma igreja castradora, que nem sequer se questiona se a maioria dos pais quer uma educação de qualidade e respeitosa com todo mundo.


E ai meus nobre leitores o que acham deste método de ensino, Lembrando que a Igreja Católica esta lotada de Padres, Bispos e Arcebispos pedófilos.


Fonte: El Pais

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2 comentários:

DPNN disse...

Sabia que tecnicamente falando eles não estão errados? Não existe consenso sobre a homossexualidade, então esse tipo de hipótese não pode ser descartado, do ponto de vista puramente científico. O fato da OMS ter tirado a homossexualidade das listas de doenças, por exemplo, também não significa que não seja, quer dizer apenas que não há elementos suficientes para afirmar isso.

Eu não vejo problema em uma religião se opor à homossexualidade, de verdade mesmo. O único problema é se ela quiser obrigar sua visão a não-seguidores. Mas é o mesmo problema do homossexual: nós temos uma visão diferente da homossexualidade, e muitas vezes também somos intolerantes em relação a quem pensa diferente.

Jess M. disse...

Ridiculo que nossas crianças e adolescentes tenham que aprender a ser homofóbicos!
Com toda certeza isso é errado sim, onde já se viu?
Pegar os seres pequeninos que serão o futuro do mundo e introduzir o preconceito? Sim, porque sendo bem direta, é isso que eles estão fazendo.
Gente ignorante, sem conhecimento.

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