- Boa tarde senhor, posso ajudá-lo?
O Dia foi bom hoje. Com sorte chego a minha comissão no fim do mês. Minha vida voltou aos trilhos e eu tô ficando até com uma garota legal.
Tá tudo nos “conformes”.
- Olá, garoto! – Voz grossa demais pra ser uma mulher. Voz fina demais pra ser um macho.
Eu estava agachado no balcão de vidro da minha loja. Levantei a cabeça. Congelei. Com todas as mercadorias na mão fui me pondo de pé, lenta e aterrorizadamente. Meus olhos se arregalaram. Era Bruno.
Se você, leitor, não sabe quem Bruno, CULPO VOCÊ por não prestar a atenção nos meus posts. Mas como eu sou bonzinho veja aqui quem é Bruno e fique tão chocado e com medo como eu.
Clique na imagem se não consegues ver.
Agora voltemos à programação normal
Era Bruno. O menor detalhe de minha maior destruição. A única testemunha ocular de Viktor. No meu trabalho. Sabendo quem eu era. Sabendo do meu lado. Da minha outra vida.
- Olá garoto pra você também! – Disse eu, cuspindo as letras me engasgando com as palavras. Eu sentia a musculatura de meus olhos se dilatar, de tão abertos – Como você tem passado?
- Eu to ótimo! Você trabalha aqui é?
Exatamente por isso que eu não permiti que o Viktor me desse carona pro trabalho. Seria saber demais. E agora Bruno, o sabe. Eu ainda pensei em inventar uma mentira enquanto ela saia da minha boca, mas seria inútil. Uma voz doce e tranqüilizadora disse-me: “Segura na mão de Deus e VAI, FILHO DA PUTA!”.
- Sim! Trabalho sim!
- Hmmm... legal.. – ele revirou os olhos.
Filho da puta... Filho da puta... FILHO DA PUTA. FILHO DA P-
- Então, como foi lá, depois que eu fui pra casa?
Não existe crime perfeito. E agora ele tá limpando o chão de meu ambiente de trabalho com sangue na frente da minha gerente...
- Foi legal.
- Ele te deixou em casa?
FILHO D-
- Não, fui de busão. Mas então, tá afim de levar um mouse? Só R$10,90 o de entrada PS2!
Como uma katana, meu corte dividiu o ar e atingiu ele.
Sem fazer nenhum efeito.
Ele sorriu. Uma pessoa que só tinha visto uma vez me tinha nas mãos. Seu sorriso era macabro e demonstrava o profundo prazer de poder.
- Não mas agradeço. Acho que vou indo agora.
- Ok então, bom resto de tarde pra ti.
- Pra você também – deu meia volta e se foi.
Ao ir ele segurou o lençol que cobria e abaixo disso eu estava desnudo. Caí de joelhos na cerâmica da loja. Meus olhos estavam tão esbugalhados que minhas pestanas engoliram minhas sobrancelhas. O meu coração bombeava tanto sangue que entrou em disritmia e começou a inflar. Estourou, jorrando meu sangue por todos os lados, principalmente na cara da minha gerente. Ela me olhava com um semblante tenebroso e maquiavélico. Meu maxilar se deslocou e caiu, rasgando minha pele e ao cair, o som de meus dentes tinindo na cerâmica fez as nuvens se tornarem negras e o céu avermelhado. Apoiei minhas mãos no chão e pensei comigo: EU FUI DESCOBERTO.
Isso era o que eu sentia.
O que eu realmente estava fazendo era esperar clientes na entrada da loja.
- Boa noite, senhora! Procurando algo em especial? – falei com um belo, mentiroso e convincente sorriso no rosto. E com uma sensação horrível na mente.
Lucas Greenfer.
7 comentários:
Hummm....
Continua?
Meu filho, o negocio esta engrossando...
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
kkkkk
isso ta parecendo historia de terror
depois do victor agora eh o bruno??
uehuehehee
vc devai escrever séria de tv ou novela
mas pq as hemácias hein??
ah tah
eu n tinha visto q tinha mais coisa no post
li agora
bem....
FUDEU
kkkkkkk
É TAUM BOM RIR DA DESGRAÇA QD ELA É ALHEIA
Continua,né?Por favor...
E que merda sentir esse frio na barriga!
Sensação que deu merda....e feia!
Beijo!
Foi bem divertido pra ele te ver, daquele jeito
Mas não deu bandeira, vc se saiu bem =)
adoro seus post =) Parabéns fantástico, Lucas
Postar um comentário