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sábado, 8 de janeiro de 2011

A MORTE DE LUCAS GREENFER

ATENÇÃO – Esse post é ridiculamente enorme e você tem coisas melhores pra fazer. Tipo... Dormir. A minha morte não é muito importante por que na verdade eu nunca existi. Bom, existi, pois todas as histórias aqui foram reais e aconteceram de verdade no período de Setembro à Dezembro de 2010 em algum lugar do nordeste brasileiro. Viktor é uma pessoa real. Bruno é uma pessoa real. As fotos presentes em “Ou paz ou pais” são da minha pessoa mesmo, e não foram pesquisadas do Google como as outras. A foto nessa postagem também sou eu. Essa é a minha morte. Ou morte de parte de mim. Se você já está lendo até aqui provou que não quer dormir. Pois bem. Fique confortável em sua cadeira ou deite sob seu notebook e prepare-se. Você não vai dormir fácil no fim dessa história. Mas você não quis dormir quando eu pedi, né?

Anteriormente em “Lucas Greenfer”

(Barulho de flashback FHHSHHOHSSHOOOOHHHWWW)

Viktor 1 - Essa é minha vida. Me humilhando pra porra d’um cliente levar um videogame pra no fim do mês vê se consigo uns cinqüenta reais de comissão a mais do meu mísero salário de estagiário. Mas hoje é sexta feira! Hoje é dia de me jogar na porra da noite e esquecer de tudo! Um dos que aplaudiam mais era um senhor, que no chute eu daria uns 45 anos, alto, estiloso. Demorou pr’eu perceber que ele me assistia. Sempre sorrindo. Sempre.

Viktor 2 – Ele é atrevido. Seus olhos fitavam os meus. Fritavam os meus movimentos e intenções. Esfregava seu corpo em mim. Me segura pelo braço e entrelaça os dedos com os meus. Eu retribuo. Passo a mão naquela barba grisalha mal feita e olho pr’aqueles olhos profundos e experientes. Pela primeira vez, depois de tanto tempo de curiosidade e vontade eu foderia/seria fodido por um cara. Então ele freiou o carro. Deixou seu amigo Bruno na porta de seu prédio e ordenou que eu fosse pro banco da frente. Me tascou um beijo alucinante e foi abrindo o zíper da calça.

Viktor 3 – Nunca me imaginei completamente bêbado, chupando o pau de um estranho dentro do carro dele em movimento. Ele brincava comigo. Me tinha em suas mãos. Literalmente. Até que se cansou e sumiu por alguns segundos. Então eu senti algo maior que dedos dentro de mim.

Bruno – Boa tarde senhor, posso ajudá-lo?

O Dia foi bom hoje. Com sorte chego a minha comissão no fim do mês. Minha vida voltou aos trilhos e eu tô ficando até com uma garota legal. --- Eu estava agachado no balcão de vidro da minha loja. Levantei a cabeça. Congelei. Era Bruno. Então o eu popular e meu eu que escondo entraram em choque... Eu fui descoberto.

AGORA em Lucas Greenfer



Aline estará lá hoje. O show será foda. E eu já to de olho nela faz tempo. Como sempre coloco uma roupa qualquer, borrifo meu perfume Coffee Man de qualquer maneira e me jogo no ônibus. Pulo do ônibus e o palco já está armado. A horda, escória, patota e amontoado de roqueiros sujos, de preto, barulhento e destruidores já estavam pulando e na roda de polga na frente do palco. Eu fazia parte deles. Rapidamente já consegui vários hematomas e cortes no queixo, supercílio e no lábio inferior. É assim que eu vivo. Só me sinto vivo quando sinto a dor. Em algum filme trash/Cult aprendi uma das minhas filosofias de vida “A dor é necessária, pois ela nos faz sentir vivos”. A banda Devotos destruía o palco com seu som cheio de atitude. Num dos intervalos entre músicas aproveitei pra comprar um latão de cerveja e no meio do caminho de volta a galera tava lá. Aline também. Depois de um papo rápido eu lhe compro um latão. Depois de uns goles de álcool quem sabe como uma fêmea fica, né?

Conversamos um pouco e eu voltei à roda de polga. Precisava me sentir vivo. E logo depois eu precisava ir ao banheiro. Já havia bebido três latões e minha bexiga já havia sido chutada. No meio do caminho Viktor aparece.

1..

2..

3..

- E aí?

- Opa... Tudo bem?

- Tudo. Quando tempo, né?

- Ô.

- Naquele dia, deu tudo certo no trabalho.

- Aham. Aham. Foi tudo tranquilo.

- Que bom. Cê vai fazer o quê depois daqui?

Imediatamente imaginei mais uma loucura do caralho daquelas e eu escrevendo pro blog SAV. Na mesma hora uma parte do meu cérebro chutou a outra: “MAS O QUE PORRA É ESSA? VOCÊ É PUTA DAQUELE BLOG AGORA, É?”. Voltei a mim e encarei a realidade.

- Tô com minha galera aqui.

- Ah. – Falou ele e tomou um gole do seu próprio latão – então tá. A gente se vê por aí.



Essa foi a última vez que eu vi Viktor.



---



O tempo se passou. Lucas Greenfer na verdade é o nome que eu ganharia caso eu não tivesse o nome do meu pai. É. No fim, eu também sou Junior. O Lucas foi essa parte experimental deliciosa da minha vida onde eu provei o novo. Depois daquela noite eu e a Aline nos tornamos cada vez mais próximos até começarmos a namorar. Hoje estamos juntos e o Lucas Greenfer foi ficando cada vez mais de lado, com sua loucura e vontade de experimentar coisas novas. Ele foi pouco a pouco esmaecendo. Pela primeira vez, eu falo diretamente com você, leitor. Sem a máscara do Lucas Greenfer. Mas tenho de dizer que ele morreu. É triste. Ele era foda, mas não existe mais. Me ensinou muita coisa, me mostrou muita coisa e meio que me considero um cara mais completo e consciente de si por causa dele. Ele é uma pessoa espetacular e a Aline só o conheceu por essa vitrine bloguística, e já declarou amor ele também. Senti até ciúmes, porque ele não sou eu. Foi parte de mim. Parte que não tinha. Parte que partiu.

Mas que pode voltar. Quem sabe?

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5 comentários:

Lucas Greenfer disse...

Video ficou pulando fora do layout. Depois eu conserto. Malz aê, galere.

Mario disse...

Um psico terapeuta pode ser um excelente programa no meio da sua semana.
O lado bom que vc conheceu uma outra pessoa dentro de voce, até qdo vc vai controlar?
Poxa, morrer assim, tão rapidoo, imagino que tem histórias e estórias para contar para todos aqui.
Mas, tudo bem, segue a minha dica acima!!

Abraços

Anônimo disse...

Não acredito que Lucas morreu. E não acredito que ele esteja adormecido. Eu mesma sinto ele super vivo =)

Akira disse...

Parem o mundo que a Akii aqui quer descer!
Como assim, o Lucas morreu? (chorei)
(eu era fã dele, porra!)
rsrsrs

Espero que ele volte um dia, quem sabe...

ps. amado, me diz uma coisinha: não vamos mais ter os seus posts??? :'(

Afrodite disse...

Um dia volta...conte com isso!
Adorei conhecer o Lucas,tenha certeza!Mas sei que a pessoas por trás dele deve ser ainda mais interessante!
Mostre-se!
Beijo!

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